Bom, eu passei meu tempo de escola todo imaginando como seria meus 18 anos, meu primeiro salário, meu primeiro carro e minha vida fora da escola. Quando você está estudando da vontade de crescer mais rápido de ser logo o mais velho dali, besteira não é? Daí então chega o famoso último ano escolar, o ‘terceirão’, o ano em que você não agüenta mais escutar a palavrinha que eu tenho até medo de escrever vestibular.

É, porque os professores são fãs desta bendita palavra, não tem um diazinho que eu tenho ido ao colégio no 3°ano sem ter ouvido ela. No fundo, no fundo sabemos que é para o nosso bem, lembro-me do pessoal da sala, os engraçados, os ‘nerds’, os nãoqueremnadacomavida, os amigos de todos, e por ai vai.

Meu 3° ano fiz tudo que não tinha feito nos anos anteriores, vi que ser a mais velha da escola, não tinha importância e sim mais responsabilidades, vi que a vida fora de lá não ia ser tão fácil o quanto eu imaginava, e me deu um arrepio, uma dor, uma vontade de ficar, mas não fiquei, passei de ano, me formei, e alguns amigos ficaram, outros não.

Não gostaria de viver tudo de novo na escola, tenho uma saudade passageira, não tenho vontade de voltar, aprendi que querer ser velho nos deixam mais velhos ainda e esquecemos de viver o presente, e esse, eu te garanto, que não volta.