terça-feira, 11 de agosto de 2009

Eu sei que a idade de cartinhas já passou, mas nunca é piegas mandar alguma coisa bonita pra quem se ama. Enfim, são só palavras tentando buscar algum sentido, algum sentimento ou lembrança que você poderá ou não esquecer em uma bolsa velha. Mas eu tenho certeza que essas palavras não se apagam, ficam velhas, é verdade, mas o significado do que elas expressam continuam por anos e anos.
Nossa história é bonita, somos aquelas que ‘se conhecem desde criança’, e às vezes me vejo chamando nossos pais de adultos, quando de vez em quando me vejo sendo mais adulta do que eles. Se nossa história fosse um conto, talvez eu fosse a cinderela esperando o príncipe encantado descobrir que eu sou a dona dos sapatinhos de cristal, e você a branca de neve com uma beleza incomparável, invejada por outras. Se nossa história fosse escrita por um poeta, seria ao Drummond que lhe concedia esta tarefa de um ponto de vista melancólico e cético, ele enfeitaria e desenfeitaria o rumo de nossas vidas.
Estamos na casa dos vinte, parece pouco, e na verdade é mesmo, mas estamos a vinte anos juntas, sem se importar com o que nos poderiam nos afastar, sem se importar com os valores e as diferenças, e é nisso que eu acredito, esse é o meu calce para subir cada vez mais na nossa escadinha. Porque eu acredito em mais vinte, trinta, quarenta anos de uma amizade. Acredito que nossa história não exista um fim, que quando se lembrarem de nós chamem por aquelas ‘ que se conhecem desde sempre’




Com muito amor, Renata.

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