Na união de duas cores mágicas nasceu meu avô. O branco da paz e o vermelho da luta.
E essas humildes palavras é escrita por uma neta, que de novo percebeu o valor da família, o valor que damos quando se perde alguém. Não vou dizer mentiras, convivi o suficiente com meu avô para saber que ele era uma pessoa boa, alegre, divertida. Uma figura paterna, um amigo que tive ao lado da minha cama durante alguns meses quando morava fora. Um avô que brincava de joguinhos de criança se sentindo uma, só para conseguir um sorriso da neta. Um homem apaixonado por um time levando toda a família a ser fanática e torcedora, um homem cujo principio era levar ao mundo uma coisa simples que as vezes esquecemos: felicidade!
Bons sonhos vô, a palavra é:
AMOR!
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Meu amor,
Espero minha carta a meses, pode ficar tranqüilo, não tenho mais esperanças em recebê-la, mas fico feliz em saber que você escreveu sobre nós em um pedaço de papel e teve a intenção de um dia me entregar. Fico ainda mais feliz quando eu lembro no dia em que eu deitada na sua cama, com os pés em cima do seu colo, ouvia com atenção você ler o que escreveu sobre nós, a nossa história. E você fazia uma carinha de menino tímido, lendo e gaguejando e se explicando porque aquilo e aquilo estavam escritos ali, o que nada me importava, achava tudo aquilo muito novo, muito lindo, muito melhor que uma carta escrita por mim. Você descrevia o começo de tudo, o momento que nos conhecemos, que nos apaixonamos, até que você parou e prometeu acabar a carta, deixando os três pontinhos a espera.
Bem, eles esperam até hoje, o que na verdade não precisa terminá-la, nem passar a limpo, esses três pontinhos, agora são milhões de pontinhos escrevendo a história por si só, querendo que nunca chegue ao ponto final.
Espero minha carta a meses, pode ficar tranqüilo, não tenho mais esperanças em recebê-la, mas fico feliz em saber que você escreveu sobre nós em um pedaço de papel e teve a intenção de um dia me entregar. Fico ainda mais feliz quando eu lembro no dia em que eu deitada na sua cama, com os pés em cima do seu colo, ouvia com atenção você ler o que escreveu sobre nós, a nossa história. E você fazia uma carinha de menino tímido, lendo e gaguejando e se explicando porque aquilo e aquilo estavam escritos ali, o que nada me importava, achava tudo aquilo muito novo, muito lindo, muito melhor que uma carta escrita por mim. Você descrevia o começo de tudo, o momento que nos conhecemos, que nos apaixonamos, até que você parou e prometeu acabar a carta, deixando os três pontinhos a espera.
Bem, eles esperam até hoje, o que na verdade não precisa terminá-la, nem passar a limpo, esses três pontinhos, agora são milhões de pontinhos escrevendo a história por si só, querendo que nunca chegue ao ponto final.
Eu sei que a idade de cartinhas já passou, mas nunca é piegas mandar alguma coisa bonita pra quem se ama. Enfim, são só palavras tentando buscar algum sentido, algum sentimento ou lembrança que você poderá ou não esquecer em uma bolsa velha. Mas eu tenho certeza que essas palavras não se apagam, ficam velhas, é verdade, mas o significado do que elas expressam continuam por anos e anos.
Nossa história é bonita, somos aquelas que ‘se conhecem desde criança’, e às vezes me vejo chamando nossos pais de adultos, quando de vez em quando me vejo sendo mais adulta do que eles. Se nossa história fosse um conto, talvez eu fosse a cinderela esperando o príncipe encantado descobrir que eu sou a dona dos sapatinhos de cristal, e você a branca de neve com uma beleza incomparável, invejada por outras. Se nossa história fosse escrita por um poeta, seria ao Drummond que lhe concedia esta tarefa de um ponto de vista melancólico e cético, ele enfeitaria e desenfeitaria o rumo de nossas vidas.
Estamos na casa dos vinte, parece pouco, e na verdade é mesmo, mas estamos a vinte anos juntas, sem se importar com o que nos poderiam nos afastar, sem se importar com os valores e as diferenças, e é nisso que eu acredito, esse é o meu calce para subir cada vez mais na nossa escadinha. Porque eu acredito em mais vinte, trinta, quarenta anos de uma amizade. Acredito que nossa história não exista um fim, que quando se lembrarem de nós chamem por aquelas ‘ que se conhecem desde sempre’
Com muito amor, Renata.
Nossa história é bonita, somos aquelas que ‘se conhecem desde criança’, e às vezes me vejo chamando nossos pais de adultos, quando de vez em quando me vejo sendo mais adulta do que eles. Se nossa história fosse um conto, talvez eu fosse a cinderela esperando o príncipe encantado descobrir que eu sou a dona dos sapatinhos de cristal, e você a branca de neve com uma beleza incomparável, invejada por outras. Se nossa história fosse escrita por um poeta, seria ao Drummond que lhe concedia esta tarefa de um ponto de vista melancólico e cético, ele enfeitaria e desenfeitaria o rumo de nossas vidas.
Estamos na casa dos vinte, parece pouco, e na verdade é mesmo, mas estamos a vinte anos juntas, sem se importar com o que nos poderiam nos afastar, sem se importar com os valores e as diferenças, e é nisso que eu acredito, esse é o meu calce para subir cada vez mais na nossa escadinha. Porque eu acredito em mais vinte, trinta, quarenta anos de uma amizade. Acredito que nossa história não exista um fim, que quando se lembrarem de nós chamem por aquelas ‘ que se conhecem desde sempre’
Com muito amor, Renata.
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