sexta-feira, 29 de maio de 2009
sexta-feira, 8 de maio de 2009
E diante de tantas datas e acontecimentos em minha vida, um estalo me fez acordar. Dia das mães. Não é feriado, talvez por isso não tenha lembrado com freqüência por não ser um dia em que não iria trabalhar, não é uma data certa, sim, porque o dia das mães é o segundo domingo de maio nunca se sabe ao certo em que dia vai cair precisamente. Recapitulando, não é feriado, não tem data, nada pra decorar, mas calma estou esquecendo algo importante. E aquele estalo repentino pairou sobre meus olhos novamente. Que filha mais insolente. Deixar uma data dessas passar em branco. Fazer uma carta demonstrando todo amor que tenho por ela? Não, ela iria se emocionar, mas pronto o momento ia passar, no dia seguinte ela sentiria aquela mesma raivinha porque você esqueceu de novo de lavar os pratos. Dar um presente bem caro que ela tanto queria? Que nada, ou ele ficaria na instante por anos e alguém iria notar de vez em quando, ou ia ser usado por ela e com o passar dos anos iria sair de moda. E se quiseres dar amor, carinho e respeito são piegas demais? Se for, então eu não sei o que é o dia das mães, porque é isso que todo segundo domingo de maio ela recebe de mim.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Não me leve a mal, esse meu jeito é só um disfarce de menininha que não se quebra, um refúgio das rachaduras que os outros deixaram por aqui, é um consolo para ser livre das mentiras que me queimam. Não me leve a mal, essa armadura não é de ferro, esse fogo é artificial e essas minhas palavras são tintas velhas em um pedaço de papel. Não me leve a mal, meu coração é de borracha e esse olhar de animal faminto na verdade não tem fome de nada. Não me leve a mal, não sou tão forte quanto parece, minha insensibilidade é falsa e o meu diabo é uma farsa. Não me leve a mal, não chora, me leve pro bem, me leve com você, me leve, mas me leve agora.
Por um momento achei melhor não escrever nada. E baguncei na minha mente dez razões pra não te escrever. E as encontrei. Mas me pego novamente viajando em meus pensamentos e me dou conta que existe mais de dez razões pra eu te escrever. Razões essas por eu ainda está com você, pelo amor novo que descubro em seu sorriso de canto de boca todo dia. Ofereço-te palavras na finalidade que tu entendas aquilo que meus olhos não conseguem falar, que entendas o pedido dos teus lábios quando o beijo insiste em acabar, que por fim compreendas que as dez razões que eu tinha pra não te escrever desaparecem quando eu vejo você.
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