segunda-feira, 13 de abril de 2009


Acendi meu cigarro, mas só consegui tragar na segunda vez que o coloquei na boca, era madrugada quando resolvi levantar para pensar. Eu ainda esperava aquela ligação que ele nunca tivera retornado ou uma palavra de amigo, qualquer coisa, qualquer sinal da sua existência me faria feliz, pelo menos era o que eu pensava. Olho pra rua e me sinto assim, vazia, sem barulhos, só uma chama acesa do fumo que uma hora ou outra irá apagar. Trago pela sexta vez e percebo que uma lágrima corre em meu rosto, me pergunto por que a lágrima não grita, não se entristece. Depois dela, não veio outra. Ela foi a última que ele nunca mereceu.

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