terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Você é um perfume. Encontra-se ao lado de muitos outros como você, vários aromas, formas, preços. Mas ali ninguém sabe o preço de ninguém. Você é fabricado tal como muitos outros, mas percebe-se que dentro do frasco cada aroma é novo, doce, amargo, diferente. E o se é. Seu nome é desconhecido, nunca conseguiu vê além daquela prateleira de loja. Muitos alguém passam e lhe cheiram, colocam um pouco em alguma parte do corpo depois vão embora. Até que certo alguém gosta de você. Não dizem que nos pequenos fracos estão os melhores perfumes? Pois bem. Você foi escolhida por alguém. Até então, ele te leva pra casa, e passa a te usar todos os dias, antes do trabalho, do passeio, antes de dormir. Faz você se sentir importante, útil. Mas ele acaba te usando demais. E o enjôo aparece, a necessidade do diferente, do incomum. Aí que começa seu labirinto. Você está acabando e ele necessita de um outro novo, ou até então parecido com você.Até então que você percebe seu preço, e entende que barato ou caro um dia você acaba. Você seca. Você só vira um vidro que um dia foi o perfume preferido dele.
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